ler_escrever_cultura_digital_atividade2.6_márciakeiko
A leitura na escola equivale
a compreender o que está expresso, uma forma objetiva e direta com controle na
função social, criando alienação ao estudante, encadeando uma cultura letrada com leitura pobre e não segmentada.
Na escola despreza-se os
saberes que os alunos trazem do seu meio cultural, um mundo contra eles com
dificuldades de adaptação, não existindo a possibilidade de aceitar a
experiência do outro, sendo um currículo rígido, racional e linear imposta para
uma compreensão teórica da linguagem, alienando o diálogo e a reconstrução do
sentido real da vida cotidiana.
Hoje vivemos num ritmo de
velocidade onde as informações tem uma
intensidade verdadeira, criando o ciberespaço interativo e receptivo, a todos
conectados com possibilidade de escrever um mega texto produzido por uma inteligência coletiva.
O hipertexto é uma nova
forma de escrita e comunicação da sociedade, que informa e ao mesmo tempo
realiza a mediação, criando novas formas de ler, pensar e aprender. Através
desse novo contexto podemos tecer diversos caminhos por links, agrupando e
reagrupando conceitos, cada página pode ser reestruturada tendo diversos
autores: designers, projetistas gráficos, programadores, por produtores cibernéticos,
não existindo um único autor, criando um mentor coletivo, uma reunião de
decisões e interação de consciências.
Necessitamos uma
reconstrução da escola inovando os processos e métodos de alfabetização,
visando garantir aos alunos um papel mais ativo, facilitando os saberes na
construção dos seus conhecimentos. Devemos analisar os processos e os estágios
do construtivismo com a introdução do computador, como será a interação com a
máquina aos nossos educandos no processo de leitura e escrita.
A escrita linear deve dar
lugar ao hipertexto, dando mobilidade e flexibilidade nas atividades, devendo
ser negociadas no uso de novos discursos a serem utilizados com os discentes,
no recorrer aos livros como apoio mas devem criar janelas para o hipertexto. Ao
usar linguagem dos PCNs no uso de
conteúdos conceituais e arquitetar
cognitivo, traça-se métodos e estratégias adequando um aprendizado favorável
para uma construção ativa com desafios, de estimular uma consciência crítica e
critérios de justiça social com dignidade.
Devemos pensar em construir
uma pedagogia intercultural com ênfase nas trocas, nas conexões, nos diálogos,
criando movimentos e reciprocidade, investindo no saber coletivo. Conforme
BAKHIN a procura de uma escola aberta cria oportunidades na pluralidade de
vozes, à construção coletiva, a partilha das interpretações, a democracia da
palavra, exige a mudança da postura dos professores na criação de espaço para diálogo
para que todos cresçam juntos.
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